Respostas agronômicas e fitoquímicas de Achyrocline satureioides (Lam.) DC. cv. CPQBA 2 em função de adubação orgânica e espaçamentos

 Artigo científico

Daniel Garcia, Marcos Roberto Furlan, Marla Sílvia Diamante, Igor Otavio Minatel, Cristine Vanz Borges, Ya-ni Wu, Giuseppina Pace Pereira Lima, Lin Chau Ming. Promising phytochemical responses of Achyrocline satureioides (Lam.) DC. under various farming conditions, Industrial Crops and Products, Volume 129, 2019, Pages 440-447, ISSN 0926-6690, https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2018.12.015.


As indústrias farmacêuticas têm demanda por grandes quantidades de Achyrocline satureioides (Lam.) DC., porém, a maior parte da matéria-prima é comumente extraída diretamente do ambiente natural sem qualquer gestão. Diante dessa situação, o presente estudo teve como objetivo investigar os flavonoides totais e compostos fenólicos, bem como o perfil polifenólico dos ramos e inflorescências de uma variedade local brasileira de A. satureioides (CPQBA 2), considerando diferentes níveis de adubação orgânica, espaçamentos entre plantas e colheitas. Teores significativos de compostos fenólicos totais foram detectados nos ramos aos 240 DAT – dias após o transplante (3138,46 mg/100 g) e nas inflorescências de plantas cultivadas com 30 t ha−1 de adubo orgânico, aos 457 DAT (3025,94 mg/100 g). Os ramos produziram teores de flavonoides adequados aos 320 DAT (236,92 mg/100 g), e as plantas cultivadas com 30 t ha−1 de fertilizante orgânico apresentaram maiores teores desses compostos nas inflorescências aos 457 DAT (594,97 mg/100 g). Os compostos primários detectados nos ramos e inflorescências foram ácido cafeico (105,63 mg/100 g) e 3-O-metilquercetina (323,45 mg/100 g), respectivamente. Ambos os compostos químicos apresentaram mudanças significativas dependendo das condições de cultivo. Estes achados mostraram que, além das inflorescências, os ramos de A. satureioides var. O CPQBA 2 também podem ser usado como fonte de compostos fitoquímicos pelas indústrias farmacêuticas, evitando o desperdício de matéria-prima e oferecendo uma nova opção aos produtores.

 

Leia o artigo completo (em inglês):  https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2018.12.015


Dr. Daniel Garcia: engenheiro agrônomo de formação, possui Mestrado e Doutorado em Horticultura pela UNESP (Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu, considerada uma das 100 melhores universidades do BRICS e a 2ª melhor Universidade de agronomia do Brasil). Profissional multidisciplinar, possui como área de concentração a horticultura (hortas em geral), com ênfase em cultivo orgânico de plantas medicinais, aromáticas e condimentares do Brasil. Fez especialização internacional (via intercâmbio) em plantas medicinais, aromáticas e condimentares, e visitou “rooftop gardens” nos Estados Unidos da América (New Jersey University e New York, 2013) durante seu Mestrado, e sobre óleos essenciais na China (Shanghai Jiao Tong University, 2016) durante seu Doutorado. Recentemente, aprofundou-se sobre jardins multifuncionais, hortas escolares e óleos essenciais durante seu pós-doutorado de 3 anos na China (Shanghai Jiao Tong University, School of Agriculture and Biology, 2018-2021; considerada a 46ª Universidade no ranking das melhores do mundo – QS ed. 2023).

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