Oito vantagens de ter um jardim de aromas

 



    Você já imaginou um jardim onde é possível apreciar a beleza da diversidade vegetal e relaxar com delicados aromas exalados pelas plantas, ao mesmo tempo em que você coleta alguns raminhos de alecrim para fazer um chazinho ou para temperar um prato de comida? Pois bem, o jardim multifuncional da Aromatizando Jardins oferece essa versatilidade, além de muitos outros benefícios para as pessoas. Atualmente, o jardim multifuncional está em evidência na Europa e em outros locais do mundo como na China e nos Estados Unidos das Américas, mas no Brasil a sua presença ainda é muito tímida. Quem comprova essa realidade é o Engenheiro Agrônomo Dr. Daniel Garcia, gestor da Aromatizando Jardins. Segue aqui um desafio para os leitores comprovarem essa realidade dos jardins brasileiros: caminhe pelos bairros da tua cidade e procure algum jardim ornamental que exale aromas. Certamente você concluirá que a grande maioria deles são majestosos, porém, isentos de fragrâncias. A diferença para o jardim ornamental tradicional, comum nas grandes cidades, é que o jardim de aromas é multifuncional, ou seja, além de apresentar texturas, cores, formas e exalar fragrâncias agradáveis, praticamente todas as plantas podem ser consumidas para fins gastronômicos, terapêuticos e até farmacêuticos (1). Abaixo estão elencadas com mais detalhes as oito vantagens de ter um jardim de aromas:

1) Perfumar naturalmente o jardim é uma capacidade aromática que está presente em uma pequena parcela das plantas disponíveis no mercado de jardinagem e paisagismo. As plantas presentes nos jardins de aromas possuem a capacidade de dispersar no ambiente substâncias químicas aromáticas, os chamados óleos voláteis, em grandes ou pequenas quantidades (2). Conhecimento técnico e um pouco de criatividade, são bases para o profissional que projeta um jardim de aromas.

2) Repelir insetos indesejados é um diferencial do jardim de aromas que certamente fará você pensar em adquiri-lo. Entre os insetos indesejados repelidos por esse tipo de jardim estão: as moscas, baratas, formigas cortadeiras, pulgas, além dos pernilongos, ácaros, percevejos, carrapatos entre muitos outros. Isso acontece por conta da atividade inseticida presente nas substâncias químicas exaladas pelas plantas aromáticas, amplamente elucidadas do ponto de vista científico. Algumas das plantas com capacidade inseticida estão: capim-citronela (Cymbopogon spp.), manjericão (Ocimum spp.), eucalipto (Eucalyptus spp.) entre muitas outras (3).

3) Possui aromas com efeitos terapêuticos, além de oferecer sensação de equilíbrio e sentimento harmônico com o meio ambiente. Esse tipo de jardim pode ser implantado em hospitais e casas de repouso, com o objetivo principal de aumentar o nível emocional dos pacientes com doenças mentais e diminuir o estresse causado por traumas psicológicos. Além disso, as fragrâncias exaladas pelas plantas, em ambiente externo, proporcionam uma experiência terapêutica significativa, principalmente para pacientes que passam bastante tempo em ambientes fechados enquanto se recuperam de tratamentos agonizantes. Segundo vários artigos científicos, os jardins de aromas, também chamados de jardins terapêuticos, possuem capacidade comprovada de acalmar as pessoas, bem como contribuem para o tratamento de demência, autismo e mal de Alzheimer (4, 5, 6). O Dr. Daniel Garcia entende que o jardim de aromas (jardim terapêutico) é um espaço de complemento terapêutico para os pacientes, de descompressão para os funcionários e de relaxamento para os visitantes. Além disso, esse tipo de jardim foi estudado para diminuir significativamente danos psicológicos causados pelas políticas de isolamento da COVID19 (7).

4) As plantas poderão ser colhidas para fins gastronômicos e preparações farmacêuticas. A multifuncionalidade do jardim de aromas é uma das características que mais tem atraído a atenção das pessoas para esse tipo de jardim. Vale destacar que, se a coleta for corretamente realizada, muitas espécies vegetais conseguem regenerar-se em alguns meses. As partes colhidas poderão ser usadas em saladas, chás, sucos, molhos; e para temperar pratos como macarronada, pizza e carne. Por outro lado, as plantas poderão ser utilizadas em preparações farmacêuticas e cosméticas, como: pomadas, xaropes, loções, óleos aromáticos entre outras (8). Vale destacar que o uso de qualquer agroquímico sintético é proibido nesse tipo de jardim. Alternativamente, e em respeito ao cliente, aos seus PETS e ao meio ambiente, são aplicados produtos agrícolas ecologicamente corretos na adubação e no controle de pragas e doenças, a fim de garantir o bom crescimento e desenvolvimento das plantas. Portanto, a empresa Aromatizando Jardins é considerada eco friendly, pois utiliza apenas técnicas agroecológicas e produtos agrícolas orgânicos, aprovados pelas leis de agricultura orgânica/agroecológica em vigência no Brasil.

5) Um upgrade na dieta é uma possibilidade altamente relacionada com as vantagens de ter um jardim multifuncional. Essa é a tendência natural das pessoas que visitam rotineira esse tipo de jardim. Conforme você usa essas plantas no dia a dia, sejam umas folhinhas de manjericão (Ocimum basilicum) no molho, sejam umas folhinhas de alecrim (Rosmarinus officinalis) no peixe cozido, é possível você caminhar despropositadamente para uma dieta mais saudável, além de melhorar a digestão, equilibrar os mecanismos de defesa do corpo e beneficiar muitos outros fatores para a saúde (9). Isso é o que comprova um artigo científico sobre mudanças de hábitos alimentares por crianças submetidas ao jardim multifuncional em ambiente escolar (10).

6) Pode ser adaptado também como jardim sensorial já que ele exige a presença de vários elementos sensoriais, tais como: tato (sentir as diversas formas e texturas das plantas), olfato (explosão de aromas), paladar (sabores das folhas, flores, frutos, tubérculos, rizomas, sementes), audição (som de bambus, sinos, fonte de água, pássaros e insetos polinizadores) e visão (diferentes cores e contrastes das plantas). Ou seja, fazendo desses espaços lúdicos um incentivo à motricidade, imaginação, descontração e criação indutora de emoção, permitindo o uso dos cinco sentidos com muitos benefícios para o conjunto corpo-mente (11).

7) Pode ser facilmente adaptado para fins pedagógicos em projetos interdisciplinares de educação socioambiental e educação alimentar (12), bem como em projetos de inclusão para pessoas com necessidades especiais nas instituições de ensino (13). Estudos demonstraram que crianças em contato diário com jardins multifuncionais, também conhecido como hortas escolares, tiveram desenvolvimento educacional e melhora significativa na interação social, pois criou-se um ambiente de educação cooperativa e inclusiva. Ao possibilitar aos estudantes explorarem e assimilarem conceitos in loco como reconhecimento da espécie, ecologia e uso adequado das plantas, além de sensibilizá-los em relação à conservação ambiental, dessa forma, é eficazmente induzido o respeito ao meio ambiente através do conhecimento adquirido. Esse tipo de projeto pode induzir hábitos alimentares mais saudável em crianças, conforme mencionado no item 5 (10). Além disso, pessoas portadoras de necessidades especiais vivenciaram novas experiências, ampliaram suas possibilidades e ultrapassaram barreiras que as limitavam, gerando satisfação, autoconfiança e significativa melhora do humor (13). Visite o nosso projeto de horta escolar para mais informações.

8) PETS são bem-vindos no jardim de aromas, visto que apenas plantas com baixo ou nenhum risco de intoxicação fazem parte do projeto final (14). É importante frisar que os PETS podem instintivamente consumir algumas plantas em pequenas proporções, já que eles buscam melhorar o desconforto estomacal, entre outros fins. Especialistas em zootecnia defendem que quando seu PET consome plantas em altas quantidades, um médico veterinário deve ser consultado, pois o animalzinho pode estar sofrendo de alguma síndrome ou desconforto (15). Vale destacar que o jardim ornamental tradicional, quando mal projetado, pode conter plantas altamente tóxicas para os PETS (16). 

 

Gostou do texto? Visite o site oficial da empresa Aromatizando Jardins e saiba mais sobre os nossos serviços: www.aromatizandojardins.com.br

*Com o intuito de levar informações idôneas para o público alvo, todos os conceitos abordados neste texto foram alicerçados por artigos científicos ou artigos publicados por profissionais capacitados.


Escrito por Dr. Daniel Garcia (Gestor da Aromatizando Jardins)

Dr. Daniel Garcia: engenheiro agrônomo de formação, possui mestrado e doutorado em horticultura pela UNESP. Profissional multidisciplinar, possui como área de concentração a horticultura, com ênfase em sistema de cultivo orgânico, de bases agroecológicas. Fez especialização em plantas medicinais, aromáticas e condimentares, e visitou rooftop gardens nos Estados Unidos da América (New Jersey University). Posteriormente, fez especialização sobre óleos essenciais na China (Shanghai Jiao Tong University). Aprofundou-se sobre hortas urbanas e jardins terapêuticos, durante seu pós- doutorado de 3 anos na China (Shanghai Jiao Tong University). Possui diversos trabalhos científicos publicados em revistas internacionais de alto impacto. Participa de projetos socioambientais e trabalhos voluntários. Gestor da Aromatizando Jardins, dedica-se na mentoria de hortas urbanas (hortas escolares, hortas corporativas, fazendas urbanas), na elaboração de projetos socioambientais, no planejamento de jardins terapêuticos e no treinamento de pessoas sobre gestão, manejo e conexão das hortas com a rotina de vida.

 

Referências

1. Costa, S. O jardim como espaço terapêutico: história, benefícios e princípios de desenho aplicados a hospitais. Dissertação. 2009. https://doi.org/10.13140/RG.2.2.34414.31042    

2. Gobbo-Neto, L.; Lopes, N.P. Plantas medicinais: fatores de influência no conteúdo de metabólitos secundários. Química Nova, 30, 374-381, 2007. https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000200026 

3. Nerio, L.S., Olivero-Verbel, J., Stashenko, E. Repellent activity of essential oils: A review, Bioresource Technology, 101, 372-378, 2010. https://doi.org/10.1016/j.biortech.2009.07.048

4. Murroni, V., Cavalli, R., Basso, A., Borella, E., Meneghetti, C., Melendugno, A., Pazzaglia, F. Effectiveness of therapeutic gardens for people with dementia: a systematic review. Int. J. Environ. Res. Public Health, 18, 9595, 2021. https://doi.org/10.3390/ijerph18189595

5. Pálsdóttir, A. M., Spendrup, S., Mårtensson, L., Wendin, K. Garden smellscape-experiences of plant scents in a nature-based intervention. Frontiers in psychology, 12, 2021. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2021.667957

6. Thaneshwari, P.K., Sharma, R., Sahare, H.A. Therapeutic gardens in healthcare: A review. Ann. Biol. 34, 162–166, 2018. https://www.researchgate.net/publication/332605269_Therapeutic_gardens_in_healthcare_A_review

7. Xindi, Z., Yixin, Z., Jun, Z. Home garden with eco-healing functions benefiting mental health and biodiversity during and after the COVID-19 pandemic: a scoping review. Frontiers in Public Health, 9, 2021. https://www.frontiersin.org/article/10.3389/fpubh.2021.740187

8. Zeni, A.L.B., Parisotto, A.V., Mattos, G., Santa Helena, E.T. Utilização de plantas medicinais como remédio caseiro na Atenção Primária em Blumenau, Santa Catarina, Brasil. Ciênc. saúde colet. 22, 2017. https://doi.org/10.1590/1413-81232017228.18892015

9. Del Ré, P.V., Jorge, N. Especiarias como antioxidantes naturais: aplicações em alimentos e implicação na saúde. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, 14, 389-399, 2012. https://doi.org/10.1590/S1516-05722012000200021

10. DeCosta, P., Moller, P., Frost, M.B., Olsen, A. Changing children's eating behaviour - A review of experimental research, Appetite, 113, 2017. https://doi.org/10.1016/j.appet.2017.03.004

11. Osório, M.G.W. O jardim sensorial como instrumento para educação ambiental, inclusão e formação humana. Dissertação (UFSC), 2018. https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/192871   

12. Hussein, H. Using the sensory garden as a tool to enhance the educational development and social interaction of children with special needs. Support for Learning, 25-31, 2010. https://doi.org/10.1111/j.1467-9604.2009.01435.x

13. Hoefel, J.L.M.; Gonçalves, N.M.; Fadini, A.A.B. Caminhadas interpretativas e conhecimento popular sobre plantas medicinais como forma de Educação Ambiental. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, 5, 119-136, 2011. https://doi.org/10.34024/rbecotur.2012.v5.6030

14. Clínica veterinária Integrativa PET. Artigo consultado em 18/05/2022 e disponível em: https://www.integrativapet.com.br/jardim-seguro-para-os-pets/

15. Martins, M.M. Por que o cachorro come grama ou plantas? Artigo consultado em 18/05/2022 e disponível em: https://johnsfarms.com.br/blog/por-que-cachorro-come-grama-plantas

16. Aguiar, A.T.C., Júnior, E.F.V. O jardim venenoso: a química por trás das intoxicações domésticas por plantas ornamentais Quim. Nova, 44, 1093-1100, 2021. http://dx.doi.org/10.21577/0100-4042.20170746

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